sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Black Coffee

Só para contrariar e fugir à febre do Black Coffee, que já não se aguenta. E porque todos são bons pretextos para ouvir esta senhora cantar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

contos de Natal

Nem sempre os pinheiros são verdes
Poética Edições
Vários autores

A Poética Edições, na pessoa da Virgínia do Carmo, desafiou-me a mim e a alguns dos seus autores a escrever um conto de Natal. A edição resultou num livro escrito a várias vozes, com timbres muito diversos, que vão do registo mais clássico ao mais transgressor, pois....nem todos os pinheiros são verdes. A capa é uma pintura original a óleo, realizada por Lídia Borges, uma das autoras na presente edição. É com grande prazer que me vejo incluída nesta antologia, cujo lançamento acontecerá no próximo Sábado, em Lisboa, e que em breve estará à venda nas livrarias Férin, Ler Devagar e Pó dos Livros, em Lisboa, além de poder ser encomendado online, na loja virtual da Poética Edições, da Bertrand, Sítio do Livro e Wook

domingo, 20 de novembro de 2016

Camus em tempo de chuva

 Imagem relacionada

«Mersault continuava a traduzir "vegetables, vegetables", de olhos postos no candeeiro, com o abat-jour de cartão verde plissado. Tinha em frente dele um calendário de cores garridas que representava "O perdão dos Terra-Novas". Sobre a mesa, alinhavam-se a esponja para os selos, o mata-borrão, o tinteiro e a régua. Das janelas podiam ver-se enormes pilhas de toros de madeira trazidos da Noruega por cargueiros pintados de branco e de amarelo. Apurou o ouvido. Do lado de lá daquela parede, a vida respirava a grandes golfadas, surdas e profundas, sobre o mar e o porto. Tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto...»
(Albert Camus, in "A Morte Feliz", p.54, obra póstuma, a partir de manuscritos e notas que antecederam "O estrangeiro").