quarta-feira, 26 de julho de 2017

Vida

Depois de um serão divertido, entre amigas, saltitando de casa em casa, na Ericeira, comendo e bebendo, mais bebendo que comendo, retomo o trabalho de manhã, ainda a reunir as partículas.
A minha mãe faz 83 anos. Falámos um bom bocado ao telefone, como tantas vezes fazemos. Contamos as novidades uma à outra, ela diz, mais uma vez:
- Pois vocês sabem sempre tudo, por causa da Internet.
O marido foi passar o dia a Lisboa, deixei-o ir, mandei entregar beijos aos amigos com quem iria jantar mas já não vou. À tarde, fazendo por ignorar o fogo que devora o País e as janelas da casa, que mostram um dia perfeito de verão, aguardo o pdf completo do próximo número da «CRISTINA», a fim de o correr de alto a baixo, para que possa seguir para a gráfica e estar nas bancas, daqui a uns dias.
O meu filho diz-me que não fuma há duas semanas e que vai começar a ir às aulas de código. Telefonou-me só para dizer isso:
- Sabia que ias gostar de saber.
Entretanto, acabo de ver a série «Narcos», da Netflix, quando finalmente capturam Pablo Escobar. Faço a última - juro, a última! - leitura do meu primeiro romance. Os cães fazem-me companhia, a Bolota dá-me a pata de vez em quando, como quem diz, Estou aqui, não te esqueças.
Gosto da minha vida. Alguma coisa devo ter feito bem, para chegar aqui. Com amor, a quem contribui para ela.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

e-manuscrito

Uma ideia excelente e ousada. Veremos quantos autores aderem a este projecto. A coisa boa disto, é que, uma vez lido por apenas 2,99€, se um leitor gostar muito da obra pode sempre comprar o livro tradicional, que é o que fazemos, afinal, quando o mesmo acontece com um livro emprestado, ou trazido da biblioteca, certo?

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Antes a vida

É com surpresa que me apercebo de que não escrevo aqui há mais de um mês.A vida a passar-me por cima, como onda, eu a tentar não me afogar, chegar inteira à areia quente e poder, enfim, respirar a outro ritmo. Um novo trabalho a partir de casa, com carácter regular: a nova revista «CRISTINA», de que sou agora Copy Desk, ou seja, revisora. Revista por mim, de uma ponta à outra. Orgulho-me de participar neste novo projecto. Grata por ter trabalho, para mais, a partir do meu "escritário", em casa.

Surgem convites para cantar em trio e em quinteto. Bons músicos, uma alegria e um privilégio, sempre, ainda que o mereça.

A editora envia-me as primeiras propostas de capa para a 2ª edição d' «A Ilha de
Melquisedech - Mnemon». Uma edição enriquecida com novas ilustrações e texto revisto por mim.
fundo para a ementa do Festival da Estação Dourada
Dou os últimos (?) retoques no meu primeiro romance. Difícil, deixá-lo ir. Ainda não está a meu gosto, nunca estará. Mas aproxima-se o dia em que terei de escrever FIM.


Cansaço. Um cansaço bom. Antes os dias a transbordar, do que a vida vazia. Apetece o mar, ser outras pessoas, outros eus. Parar. Mas parar seria afogar-me de novo.
Outra vida, outro eu.