quarta-feira, 30 de março de 2016

Quase

Enrodilhada nesta tarde de chuva e numa tese interminável, que revejo desde o dia 1 de Dezembro. Grata por ter trabalho regular, a partir de casa. Gratidão imensa por esta boa aposta. Saí ao sol apenas para comprar um par de sapatos - sábado serei Cinderela cantora, de formiguinha a cigarra, de cigarra a formiga novamente, os pés enfiados em chinelos quentes. A chuva na minha janela e a tese a chegar ao fim, quase...quase.. .a permitir-me regressar aos meus projectos. Suspiro, solidária com as tímidas petúnias, fustigadas pelo vento. Como eu, não podem fugir.
Do meu "escritário"

domingo, 27 de março de 2016

Mais luz

Misty #7
© Nanã Sousa Dias
Caindo em Neblina

Afundo os meus pés
Numa alameda de brumas,
Como anjo perdido 
Na terra dos homens;
Flutuando sob a luz,
Num chão invisível,
Onde teimo em quebrar
As minhas plumas.
Não moram ali, as minhas nuvens.
Quedando-me na queda relembro, enfim,
Que o chão que pisava
Era véu rasteiro, sem corpo ou alicerce,
Um fantasma friorento
Que se evola, ferozmente,
Quando o dia aquece.
(...)

(in «Fora do Mundo, excerto, p. 50)



quarta-feira, 16 de março de 2016

Tim Burton

E porque tento não perder um único filme deste realizador fantástico, aqui fica o que irá estrear em Setembro, baseado num bestseller  do autor americano Ramson Riggs.
O livro de Ramson Riggs, que deu origem ao filme

quarta-feira, 9 de março de 2016

Antonio Serrano

Para nos aquecer neste dia de chuva. O que eu gosto deste miúdo a tocar. Já tive o privilégio de o ouvir ao vivo, por duas ocasiões, e fiquei fã.

terça-feira, 1 de março de 2016

Um pouco mais de luz

Manhã passada em Coimbra e um regresso de corpo mais leve. Adeus pomada e compressas, até ver! E VER é agora a minha missão, ao longo de longos meses ainda, enquanto, aos poucos, vou recuperando autonomia e dignidade, os gestos a serem meus outra vez, uma colecção maior de gestos que me deixa com um sorriso parvo. Diria, um sorriso parvo na cara, não fosse pleonasmo já que a boca está sempre ali, mas apetece, apesar de o ter também por dentro. Março começou  e deu-me este piscar de olho à esperança.
Uma sopa e um café em Óbidos, um salto a Torres Vedras e, prestes a chegar a casa onde os cães nos aguardam sem saber que já terão direito a aninhar-se de novo no conforto do lar, perto dos donos, uma visita ao Golfinho Azul, também ele de rosto novo, com um novo olhar sobre a Praia de S. Lourenço. O sol brilha, os pássaros cantam, a vida é bela, pelo menos hoje.