sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Christina Bianco

É fantástica, esta Christina Bianco: como cantora...e como actriz! Enjoy! Bom fim de semana...
Ah, e no final do filme, nos relacionados, se quiserem mais vejam o "Tomorrow", ao vivo, que é muito bom!

sábado, 10 de agosto de 2013

Urbano Tavares Rodrigues

Manhã de sábado, seis e meia.
Depois de me ter deitado perto das 2h30, numa noite em que fui cantar ao Golfinho Azul com o trio de jazz e bossa-nova, eis que desperto. A boca pedindo um generoso copo de água, a mente fazendo rodopiar recordações de véspera e intenções futuras, recusando-se a adormecer. A cadela, ainda ensonada mas sempre mimosa, junta-se a mim, feliz com a surpresa matinal.
Lá fora o vale encontra-se ainda inundado de neblina, uma gaze que transforma a paisagem num quadro romântico impressionista. Apenas escuto o ronronar manso do computador e os melros e pardais que acordaram comigo e batem asas, abandonando os telhados e pinheiros, talvez em busca do pequeno-almoço.
De súbito deixo em suspenso o egoísmo e a vaidade dos meus projectos... e lembro-me de que o Urbano morreu ontem. E nesta intersecção de vida e morte só posso olhar o céu e o vale verdejante que o sol faz ressurgir, e entregar-me a um minuto de silêncio dentro do meu próprio silêncio, a pedir ao universo para que não esqueça um bom homem e um grande escritor.

Destino
Trago na fonte
e estrela do fogo
da minha revolta
Nunca aceitaria qualquer tirania
nem a do dinheiro
nem a do mais justo ditador
nem a própria vida eu aceito…
tal como ela é
com todas as promessas
do amor e da juventude
e a parda doença
de envelhecer
a morte em cada dia
antecipada

(poema de Urbano Tavares Rodrigues)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

a não esquecer

É indecoroso ser famoso

Porque não é isso que eleva.

E não vale a pena montar arquivos

Nem perder tempo com manuscritos antigos.

O caminho da criação é a entrega total,

E não fazer barulho ou ter sucesso.

Isso, infelizmente, nada significa

E é como uma alegoria a viajar de boca em boca.

É preciso, porém, viver sem pretensões,

Viver de tal modo que no fim das contas

Um amor ideal nos alcance

E ouçamos o apelo dos anos que virão.

O que é preciso rever

É o destino, não velhos papéis;

Nem parágrafos e capítulos de uma vida

Anotar ou emendar.

E mergulhar no anonimato,

Silenciar nele os nossos passos,

Como foge a paisagem na neblina

Em plena escuridão.

Outros, nesse rastro vivo,

Seguirão o teu caminho passo a passo,

Mas tu mesmo não deves distinguir

Derrota de vitória.

E não deves nem por um instante

Recuar ou trair o que tu és,

Mas estar vivo, só vivo,

E só vivo — até o fim.


Boris Pasternak


(obrigada, P,...e Maria Teresa)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Aniversário

Para assinalar o dia de hoje, cheio de emoções (completei 44 primaveras, sou bebé), aqui deixo um dos presentinhos virtuais, vindo da "Fonzie" :) Obrigada! A-DO-REI! (não tem incorporação activada, só com link, desculpem)
http://www.youtube.com/watch?v=wCkerYMffMo

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Revisão

Ando há dias entregue à revisão da revisão da revisão da revisão da revisão da revisão da revisão...
Cada vez estou mais convencida de que um livro é apenas uma versão dos muitos livros que poderia ser.