quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Olha

Olha, dei aqui um salto, e o meu número de visitas neste preciso momento é o 33.333...que engraçado.
E pronto, este é o post de hoje, tenham paciência.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Facebook


Desculpem, não resisti a partilhar isto. Humor à parte, o triste é que, para muitos, o facebook representa isto mesmo. Aaah, pois é.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Rubem Fonseca


O escritor brasileiro Rubem Fonseca foi galardoado com o Prémio Casino da Póvoa, pela obra "Bufo e Spallanzani", na 13ª edição das Correntes d'Escritas , evento literário que decorre desde anteontem na Póvoa de Varzim.
O vencedor do prémio Camões em 2003 já tinha recebido vários convites para estar presente no evento, ao longo dos anos, mas hesitou, por ser avesso a aparições públicas. No ano passado esteve quase a vir a Portugal, mas problemas de saúde impediram-no à última hora.
Apenas este ano visitou finalmente a Póvoa de Varzim, para gáudio da plateia do Casino da Póvoa, à qual Rubem Fonseca confessou o seu amor pela língua portuguesa, pela poesia e por Portugal. "Amo a língua portuguesa, lindíssima, que vai durar pela eternidade. [... Estou] encantado com esta cidade e com as pessoas daqui", disse.

"Eu sou neto de portugueses, tenho sangue português e orgulho-me disso"


"Eu sou neto de portugueses, tenho sangue português e orgulho-me disso", afirmou o escritor, de 87 anos, que recordou que o pai lhe lia sonetos de Camões, um pretexto para afirmar a sua preferência pela "poesia portuguesa".
Rubem Fonseca esteve no Corrente d'Escritas pela primeira vez
Imagem: José Coelho/Lusa

E foi com Luís de Camões que Rubem Fonseca encontrou a melhor maneira de encerrar a sua curta declaração de agradecimento, declamando, perante uma plateia emocionada, o soneto "Busca amor novas artes, novo engenho", rematando a sua leitura com um "viva, viva a língua portuguesa".
Na mesma ocasião, foi revelado o vencedor do prémio literário Correntes d'Escritas/Papelaria Locus, no valor de mil euros: Tomás Anjos Barão, sob o pseudónimo de Duplo Arco-Íris, com o trabalho "Vergílio Vagaroso".

Eduardo Lourenço: "Portugal é um velho país, não vai morrer realmente como o Titanic"



Antes, na abertura do certame, o prémio Pessoa 2011, Eduardo Lourenço, refletiu sobre Portugal, dizendo que é necessário neste momento "uma espécie de luz, qualquer coisa de luminoso".

"Portugal é um velho país, não vai morrer realmente como o Titanic e também espero que a Europa, onde nós entrámos, pensámos que enfim estávamos numa casa rica, uma casa dos outros, que não precisávamos de nos preocupar no futuro, que também não tenha esse destino que se começa a desenhar no horizonte", afirmou Eduardo Lourenço, lembrando que o continente já atravessou momentos piores.
Ainda assim, o pensador português afirmou acreditar que os problemas que a Europa atravessa neste momento se devem "ao facto de as nações europeias terem feito tudo o que podiam para se autodestruir apenas há 50 anos".

Correntes d'Escritas encerra sábado


Mais de meia centena de escritores estão presentes, desde anteontem, na 13ª edição do Correntes d' Escritas, que termina hoje. Muitos já estiveram em edições anteriores, mas 18 deles rumam a este encontro organizado pela autarquia local pela primeira vez, para debater ou apresentar livros.
Rubem Fonseca, Salgado Maranhão e Bia Corrêa do Lago (Brasil), Care Santos, Rosa Montero, Uberto Stabile (Espanha), Valeria Luiselli (México), Daniel Mordzinski (Argentina), Manuel Rui (Angola) e os portugueses Joao Pedro Messeder, João Bouza da Costa, Eugénio Lisboa, Fernando Pinto Amaral, José Jorge Letria, Valter Hugo Mãe e Onésimo Teotónio de Almeida foram alguns dos convidados para esta iniciativa.
Hoje, dia do encerramento, o Correntes homenageia Maria Lúcia Lepeki, Rui Costa e Moacye Scliar, a título póstumo.
O programa inclui ainda atividades paralelas, como o cinema, com a exibição de "O Barão", um filme de Edgar Pêra, e a fotografia, com a exposição "Aproximações" de Jorge Barros.
As mesas de debate, que têm como tema de fundo a crise no seio dos livros e da cultura, teatro, sessões de poesia, uma feira do livro e lançamento de muitas publicações fazem também parte do programa deste evento.
(Notícia retirada do jornal "EXPRESSO", adaptada à data de hoje e revista)
PRÉMIO CASINO DA PÓVOA 2012



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Shakespeare and Company

Não acham esta livraria maravilhosa? Fica em Paris. Se eu ali morasse, levava uma almofada e um cobertor, uma lata de biscoitos e um termo de café e passava ali os dias, juro.
Espreitem o site da livraria AQUI



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Borboletas

Está provado cientificamente que, devido à sua anatomia, as borboletas não deveriam conseguir voar. A forma do seu corpo, a configuração e peso das suas asas, tornam essa habilidade impossível. 
Mas como as borboletas não percebem nada de ciência, voam. Trapalhonas, de asas frenéticas, em voos sem jeito nem justiça, mas ainda assim, vão voando, avançando, até conseguirem, enfim, chegar à flor ou pousar na ponta do nosso nariz, se for esse o seu desejo mais profundo. 
E ainda bem.
Há pessoas que são uma espécie de borboletas.
Que apesar de não serem escritoras, escrevem.
Que apesar de não serem bailarinas, dançam.
Que apesar da incerteza não olham para trás.
Que apesar de não serem ricas, viajam pelo mundo inteiro.
Que apesar de não terem uma multidão que as escute, sobem ao palco e dão o seu melhor.
Que apesar de não morarem num castelo, nos recebem com majestade.
Que apesar de tropeçarem na corrida, não deixam cair o sonho que levam nos braços.
Que apesar de não serem borboletas, voam. Como elas.
E ainda bem.

Para ti, minha querida borboleta de asas teimosas :)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Humpf

Frustrações à parte, ando às voltas com uma revisão de 153 páginas, vim aqui deixar-vos este mimo :)
Deem o vosso melhor, sim?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Bom fim de semana :)

Ar


Portugal é um país de escritores. E muitos estão (ainda) no anonimato, escrevendo para a gaveta, em blogs, em edições de autor, em folhas soltas de versos partilhados em tertúlias privadas, entre amigos das letras. Hoje trago um exemplo: Rosário Alves, uma amiga de coração que conheço há mais de vinte anos. Fiquem-se no voo doce deste seu poema, "Ar".


abriu-se um riso de luz no meu olhar
e era cedo
tão cedo
          tão ainda tempo de dormir
que fechei as pálpebras
devagar

sonhei com um trevo ao vento
e sete pedras da calçada
                             com pegadas de luar

de mim vi sair estrelas a comporem uma orquestra
em forma de folhas perenes penduradas num altar

nos campos o sol queimava
numa dança excessiva
                           os intervalos da existência

e antevi nos olhos jovens
a velhice a germinar

o dia vestia a noite
 num entardecer fugaz
                          e os ponteiros do relógio
perseguiam-se como loucos
como quem se quer beijar

encenei-me de dormência
num tempo de dar tempo 
                         para o tempo passar
porque o riso dos dias claros
não apaga a noite escura
                          nem o medo          
                                         de chorar

agora 

rio-me  de mim     
                       do   e s p a ç o
             e do tempo

e de nós todos que pensamos
             na importância de pensar

trago no peito todas as mágoas do mundo
    sim
e nos olhos oceanos de folhas por cair
   sim

não são perenes
    não

apenas         não tiveram tempo de
          ainda                                     saltar

mas

também trago na garganta
  as   gar ga lha das   que aprendi

no rodopiar das montanhas
              quando  d 
                            a
                             n
                                ç
                                    a
                                         m 
                                                 com o mar

que a vista do espaço é imensa

e a loucura
        é um passo
num abismo
                            inconsciente


                                                        r
                                                a
                                      o
onde aprendo a      v

(in blog de Rosário Alves, Pingos de Luar)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Nostalgias

Quem é que se lembra disto? :)
Esta imagem é prova viva de que nós, da Geração Heidi, vivíamos a outro ritmo. Estão a imaginar uma criança comum dos dias de hoje a ter paciência ou retirar algum prazer nesta actividade? O mais certo é que ficassem a olhar para isto e exclamarem: dah?! 
Poisss...não tinha botões (a não ser os do vestuário, claro)...nem ecrã...e era vergonhosamente barato....dá um trabalho do caraças, recortar isto tudo com uma tesoura, apre!...é caso para pensar: seríamos malucas, meninas?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dave Barry

Há livros com cuja capa embirramos, julgando, de antemão, que não terão vez nas nossas mãos. Vamos adiando a leitura, deixando-os para trás, com o desprezo de quem controla as suas afinidades e sabe, com um simples olhar, avaliar o grau de empatia. E por vezes acontece o que me aconteceu: a capa enganou-me. O facto de este livro estar na versão original não ajudou: confesso que sou bastante preguiçosa para ler noutras línguas que não o português; ironicamente, das raras vezes em que o faço, deparo-me com livros preciosos que não esqueço. A leitura de "Tricky Business" foi uma excelente surpresa: muito humor, acção, diálogos frequentes (o que facilita a compreensão do texto, em inglês) e uma narrativa bem construída e hipnotizante, cujo desenlace desejamos alcançar com impaciência. Obrigada, Pedro e João, por me darem a conhecer um tipo de livro em que eu não apostaria e que, para meu espanto, me proporcionou um imenso prazer. É caso para pensar no mistério que os livros encerram. Na incógnita que podem representar. Nos horizontes que nos alargam quando, num curioso capricho, nos saltam para o colo sem pedir licença, para nos divertirem como crianças insubordinadas a que não conseguimos resistir.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um céu generoso

Esperei que a chuva terminasse de cair e fui passear o serra da Estrela. A temperatura subiu, a frente fria da Sibéria passou e não irá deixar saudades. Fui pela estrada fora, junto à vegetação verde e molhada, fechando por vezes os olhos, a aspirar os aromas renascidos da terra. O sol intermitente jogava às escondidas, surgindo detrás das nuvens cor de violeta, cumulonimbus de recortes de neve, plenos de luz. O cão caminhava ao meu lado, arfando na sua pelagem de inverno, como um lobo bom. E foi então que, sem aviso, o céu transmitiu uma mensagem. Num momento tão inesperado. Tão ansiado. Não foi bem uma mensagem, foi antes uma oferenda: a já há muito desejada sensação de bem-estar. De uma felicidade que embate com a força de uma onda, para nos entrar dentro do peito. E outro remédio não tive senão reter a respiração, com receio de que se fosse embora, sedenta que estava de agarrar a felicidade para sempre, aquela estranha mistura de paz e de fé, que nos diz que tudo está bem. Caminhei de regresso a casa, o cão ao lado, fiel a si próprio na sua fidelidade canina, olhando-me de quando em vez como se me dissesse, com espanto, que está farto de saber que é mesmo assim, que a vida é para se levar dançando e caminhando sob a chuva ou sob o sol, com um peito que escuda um coração teimosamente feliz.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Contra o frio

Enquanto vos escrevo, tenho no corpinho:

4 X...

1 par de
Outro de 

E uma destas nas pernas...

Maldito friiio! Brrr......!
Agora venham cá falar-me no aquecimento global.
Pois sim.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Antes das palavras

Por vezes as palavras viram-se contra quem as formula.Vemo-nos mergulhados em angústias que nós próprios criámos, com alguma precipitação. É urgente refletir antes de acusar, calar antes de soltarmos as palavras mais escorregadias. As palavras mais fáceis a que recorremos, sem ponderação, para julgar alguém. Nunca se sabe o que o amanhã irá trazer e talvez as certezas que temos hoje sejam uma imensa incógnita amanhã. E porque não somos a mesma pessoa todos os dias, talvez o que desejamos hoje seja distinto do que iremos querer conquistar depois.
Entre o antes e o depois fica o arrependimento.
Cuidemos, então, das palavras que dizemos aos outros e a nós mesmos. Podemos, com esse gesto, proteger os que mais amamos e tornar a sua vida mais leve. Alguém disse que os anjos voam porque se tornam leves. Tentemos, deste modo, ser um pouco mais anjos e arrebatar, com as nossas pequenas asas, um futuro melhor.