© Nanã Sousa Dias |
Afundo os meus pés
Numa alameda de brumas,
Como anjo perdido
Na terra dos homens;
Flutuando sob a luz,
Num chão invisível,
Onde teimo em quebrar
As minhas plumas.
Não moram ali, as minhas nuvens.
Quedando-me na queda relembro, enfim,
Que o chão que pisava
Era véu rasteiro, sem corpo ou alicerce,
Um fantasma friorento
Que se evola, ferozmente,
Quando o dia aquece.
(...)
(in «Fora do Mundo, excerto, p. 50)
Que bom reler-te aqui, com este maravilhoso poema.
ResponderEliminarUm beijo, Vera.
Obrigada, querida Graça, pelo apoio constante a este cantinho, e que bom que é ler estas tuas palavras. beijo
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