sábado, 2 de agosto de 2014

Promessa


Ontem nada. Amanhã uma churrascada para onze pessoas cá em casa e a chegada do filho para férias, um consolo. Segunda-feira darei aula de voz. Para quando a redenção do tempo perdido? Para quando o fim das desculpas? Afundo-me porque não me cumpro ou não me cumpro porque me afundo? E este cumprir fará sentido? Quem me obriga a tal promessa? Talvez as minhas certezas sejam o maior engano. Terça-feira. Terça-feira descruzo os dedos à força. Senão, quarta-feira pego na tesoura e vão fora.
Por falta de uso.
E a consciência me dirá se existe arrependimento ou o alívio dos dedos decepados.

1 comentário:

  1. Os dedos decepados hão-de doer mais que qualquer promessa cumprida ou por cumprir... Gostei do texto.
    Beijo.

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