Chega Dezembro e o calendário, obediente, traz com ele o frio. As cidades iluminam-se, as montras há muito que se fazem sedutoras, fatais às nossas bolsas, competindo com as correntes de solidariedade que florescem em plena crise; correntes apelando à consciência, para que apoiemos os pequenos produtores, os negócios artesanais de família e dos amigos, que improvisam uns trocos a fim de pagarem as contas, enquanto o emprego não vem.
Inventamos uma expressão festiva, tentamos respirar, o ar entrando e saindo dos pulmões, a marcar o compasso, a lembrar-nos, é urgente construir qualquer coisa de duradouro e valioso, que sobressaia da abundância de tantos nadas em que andamos mergulhados. Não percas tempo, não te percas, segue o caminho.
Que faremos nós deste Dezembro que mais não é do que a vénia esforçada do ano velho e cansado, em despedida? Que sabedoria levaremos connosco, ao marcar encontro com o ano novo, já tão próximo de nós?
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