sábado, 10 de dezembro de 2011

Silêncio

Os dias tão iguais que é pouco ou nada o que tenho para dar. As palavras andam escondidas sob os cobertores, fugindo da chuva e do frio, calando frases que ficam perdidas a meio caminho. Abandono os livros ao fim de umas dezenas de páginas, saltando de um para outro, indiferente, alheada, na insatisfação própria de quem anda sem rumo. Não é culpa dos livros nem das histórias que aguardam, pacientes, que eu compareça ao seu encontro: não este pedaço de mim, incompleto, mas a pessoa inteira e viva, que não sei para onde partiu. Onde ando eu?

Roubei a imagem de Nanã Sousa Dias aqui

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