Desde que me mudei para o campo é raro adoecer. Refiro-me a constipações, gripes, anginas e afins. Mas chega o dia em que, numa semana social intensa, chuvosa e com baixas temperaturas, os bicharocos nos apanham. E eis-me de molho, reduzida às mezinhas caseiras, vestida com camadas e camadas de roupa, na vã tentativa de quebrar um frio que não me sai da pele. Sem forças para abrir sequer um frasco de doce. Bebendo chá de cebola com muito mel. A casa um caos. Os papeis acumulando-se. A maldita chuva que não pára. A escrita em atraso. Só isto, um texto doente, fraquinho, raquítico, a ilustrar a condição do corpo.
Para quando o regresso ao mundo dos vivos? Até quando terei esta voz que não é minha, de Dart Vader, tornada ridícula pela articulação fanhosa?
Quantos rolos de papel mais terei de gastar até recuperar o meu nariz e a minha dignidade?
Não me sinto nada sexy.
E a conta da luz vai ser linda.
(suspiro)
Para quando o regresso ao mundo dos vivos? Até quando terei esta voz que não é minha, de Dart Vader, tornada ridícula pela articulação fanhosa?
Quantos rolos de papel mais terei de gastar até recuperar o meu nariz e a minha dignidade?
Não me sinto nada sexy.
E a conta da luz vai ser linda.
(suspiro)
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