Sempre odiei equívocos. Vivo mergulhada num deles há anos. Demasiados. Não sei como sair, como desfazê-lo. É uma espiral, em redemoinho do qual não é fácil sair. Sinto-me afundar dentro ou fora dele, para onde quer que vá, que esbraceje na corrente. Acorrentada ando eu há muito tempo. Correntes cujos anéis eu mesma forjei, um a um, na paciência da loucura. Que farei com esta lucidez que me chega em momentos de fogo, quando tudo parece arder dentro de mim? Quem me dera a coragem dos incendiários; ter o pretexto para a invenção de uma nova raiz. Tudo em mim é podridão, a gritar por um Recomeço que me salve.
De onde vem o perigo, vem muitas vezes aquilo que nos salva. Coragem, amiga...
ResponderEliminarBeijo.