quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Novembro

Do meu escritório, 2 Novembro 2015
Abro a janela do quarto ao anoitecer. É Novembro. Há luzes amarelas e minúsculas na linha do horizonte. Os cães ladram ao longe. A brisa, a temperatura amena num prenúncio de frio que ainda não causa dano. Olhando o vale, agradeço o concerto privado que me oferecem os grilos e as rãs... e o cheiro, este perfume que chega com a chuva, um perfume que inspiro às golfadas, para que a alma respire a terra molhada. O céu antracite e lilás anuncia novo aguaceiro mas não importa, nada importa quando eu e a terra nos alimentamos assim, uma à outra. 

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