Se eram bruxas ou duendes,
Ou meninos inocentes,
Ninguém sabe, ninguém vê!
Só se assusta quem não crê.
E por vê-los, saltitantes,
Sob a luz de mil fogueiras;
Nas mãos dentes-de-leão
E nos dentes, maldição…
A poalha e a penumbra
Deixam tudo desfocado
Será bênção ou pecado
Esta dança em escuridão?
Tecem teias sob o vento
As aranhas, suas manhas
Escondem as palavras mudas
De tão estranhas criaturas.
Será veste, será lua
Esta luz que em tudo é fogo?
Ou então será um jogo
Antes de adormecer?
Escondam as vossas crianças
Em lençóis de algodão
Guardem sonhos na almofada
Pois as fadas lá se foram
E já não há salvação!
© Vera de Vilhena, inédito
© Vera de Vilhena, inédito
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