segunda-feira, 17 de abril de 2017

Consolo


Há factos absurdos que nos mostram a face quase aleatória do mundo. Ao mesmo tempo que nos relembram a importância da modéstia, dão consolo e esperança, a quem procura uma oportunidade. Sobretudo, gritam, a quem desespera por tanto esperar: não desistir, não baixar os braços.

Walt Disney foi demitido de um jornal, por não ser criativo nem ter boas ideias. 
Os Beatles não tiveram hipótese com a Decca Records, por "having no future in the show business"
Einstein foi expulso da escola, por ser "mentalmente lento".

Na literatura:

«Lolita», de Nabokov: «Esmagadoramente nauseante, mesmo para uma freudiana iluminada. A coisa toda é um cruzamento de incerteza entre a realidade hedionda e a fantasia improvável. Muitas vezes torna-se um devaneio neurótico selvagem. Eu recomendo que ele seja enterrado sob uma pedra durante mil anos».

«O Deus das Moscas», de William Golding, foi rejeitado por 20 editoras.

«E Tudo o Vento Levou», de Margaret Mitchell - rejeitado 38 vezes.

«O Diário de Anne Frank» - rejeitado 15 vezes.

«Mulherzinhas», de Louisa May Alcott - a editora recomendou à autora que se dedicasse apenas ao ensino.

Beatrix Potter viu o seu «Peter Rabbit» recusado 69 vezes (!!!). Acabou por fazer uma edição de autor modesta, a preto e branco, de apenas 250 exemplares. Um amigo da família, Canon Hardwicke Rawnsley, ajudou-a a rever a história e mudou-a de prosa para verso. Foi ele que distribuiu cópias do livro por editoras de Londres e uma delas, a Frederick Warne & Co, que já tinha rejeitado as histórias de Beatrix, decidiu publicar o que apelidou de "livro dos coelhinhos". O livrinho saiu no dia 2 de Outubro de 1902 e teve um enorme sucesso, vendendo 20 000 cópias até ao Natal desse ano. A partir daí, surgiram novas histórias, personagens e livros. Miss Potter tornou-se na autora de livros infantis mais vendida de sempre.

Após receber várias negativas de diversas editoras, E. E. Cummings escreveu o livro «No Thanks», nomeando todos os editores que lhe negaram publicação.

«Dune», de Frank Herbert, um dos maiores clássicos da ficção científica, foi rejeitado 23 vezes.

Após ser rejeitada por 6 editoras, com o seu primeiro livro («O Misterioso Caso de Styles», Agatha Christie teve de aguardar 4 anos, até ter o seu primeiro livro publicado.

James Joyce, o autor de «Ulisses», foi rejeitado 22 vezes.

E a minha «nega» preferida:
«Harry Potter e a Pedra Filosofal», de J. K. Rowling
Rowling foi rejeitada 12 vezes e ainda recebeu um insulto de um dos editores, ao recomendar que a escritora “não perdesse nem mais um dia de trabalho”.
Carta dirigida a J. Steinbeck







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