Nas notas biográficas autorizadas que circulam por aí, sobre esta que vos escreve, o texto acaba com a frase "Mantém o blogue...e o site....". E como hoje tive de enviar uma pequena biografia para uma revista que há-de publicar um novo texto meu, de ficção, dei-me conta de que já chega de silêncio, é preciso alimentar a máquina sem a desculpa de que somos pequenos e pouco lidos, não nos resta tempo, as redes sociais levam tudo, nada temos para dizer, blablabla. Ou se tem ou não se tem. E a ter é preciso dar-lhes de comer, como se fossem animais de estimação. Pelo menos água, caramba, para não morrerem à sede. Por isso aqui venho tirar o pó a este canto e deixar-me de suspiros. A tristeza anda de costas largas, bem sei, às vezes sinto-me presa por um fio, um sentimento de "p'ra quê?" em relação a tudo, mas a preguiça leva com uma boa parte das culpas. Pedem-me um texto e eu escrevo-o. Se tiver um prazo, melhor ainda. Mas com a minha própria "casa" está visto que faz jus ao ditado Em casa de ferreiro espeto de pau. Mas o que vem a ser isto? Quase dois meses, a sério? Shame on me. É certo que ninguém se rala, mas mesmo assim.
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