Telefonemas que não se devolvem, recados que não se transmitem, textos que não se escrevem, funções que não funcionam, palavras que não se dizem, travões que não refreiam, resoluções que não se cumprem, dilemas que não se desfazem, questões que não são respondidas, acções que não se realizam, momentos que não se aproveitam, livros que não se lêem, ideias que não se aprovam, datas que não se cumprem nem celebram, portas que não se fecham, esperanças que não se confirmam, tesouros que não se guardam, silêncios que não se quebram, janelas que não se abrem, chaves que não servem, mãos que não se desprendem…
O meu dia acordou assim, como o solo de um instrumentista cujas primeiras notas, erradas, o levam torto até ao fim, enquanto ele procura, em vão, endireitá-lo a cada compasso. E esta chuva e este frio que nunca mais fazem as malas e partem, a dar lugar à luz. Quero o sol, para me derreter este dia desajeitado.
Vera:
ResponderEliminartambém eu estou em dias não e por motivos muito complicados, mas esperando forças para os resolver.
Beijinhos
Há dias assim...faltou o Maestro!!
ResponderEliminarBeijo
Graça
Oh Verinha, como eu compreendo este desabafo tão sentido e particularmente bem escrito... (Pq acabo sempre a repetir-me nos comentários que aqui deixo??) Força aí :)
ResponderEliminarNota: Há amigos que não nos deixam cair, principalmente nestes dias!
Beijinhos!
E, mais uma vez, adorei a companhia do fim de semana (: Obrigadaaaaa*