Apesar de ter começado o mês de Maio neste respeitável feriado, desde o anoitecer que as horas restantes chamaram pelo conforto de uma noite de outono. O corpo pede-me calor e hidratos de carbono; o espírito, boa música, boa companhia e os cães, claro, leais e decorativos, enroscados na tijoleira ou no tapete de juta, como convém. À tarde, depois de uma travessa com um delicioso bacalhau espiritual comprado à D. Maria José, tive o meu neto nos braços, adormecido, a segurar no meu indicador direito. Fiquei assim, rendida, a conversar feliz, até o músculo do braço ceder ao peso daquela cabeça redonda e morna, a cheirar a bebé como só os bebés sabem cheirar. Já em casa, tive direito a sesta, algo que não fazia há muito tempo. Antes de adormecer, umas páginas de Uma Luz Que Nos Nasce por Dentro, a iluminar-me os sonhos. E o serão começa agora, com um jantar-ceia, junto à lareira, com tudo a que temos direito neste dia feito de pequenos prazeres. Vale a pena cultivar certos rituais. Dar um pouco mais de calor aos nossos dias.
Vera, como te entendo... esses pequenos prazeres de que falas, são, na realidade, o que de melhor a vida nos permite.
ResponderEliminarbeijo saudoso
Mel