são as mulheres que
fazem chorar as cebolas
como se descascassem a própria vida
e, arredondando-se então, descobrissem
um corpo, o seu
uma vida, a sua
e, no entanto, nada que de verdade
pudessem seu chamar
ou talvez sim, mas só
aquela gota de água salpicando
um canto do avental onde
desponta uma flor de pano colorida que
ainda ontem ali não ardia
(NOTA - escrito em português, no original: a autora nascida na Bélgica - pai belga, mãe portuguesa -, mudou-se para Portugal na infância, em 1975 e por aqui ficou desde então).
fazem chorar as cebolas
como se descascassem a própria vida
e, arredondando-se então, descobrissem
um corpo, o seu
uma vida, a sua
e, no entanto, nada que de verdade
pudessem seu chamar
ou talvez sim, mas só
aquela gota de água salpicando
um canto do avental onde
desponta uma flor de pano colorida que
ainda ontem ali não ardia
(NOTA - escrito em português, no original: a autora nascida na Bélgica - pai belga, mãe portuguesa -, mudou-se para Portugal na infância, em 1975 e por aqui ficou desde então).
"são as mulheres que
ResponderEliminarfazem chorar as cebolas
como se descascassem a própria vida"
Excelente poema, amiga.