quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Exmo. Sr. 2016

Exmo, Sr. 2016

Ainda não fomos apresentados, mas tomei conhecimento de que será o novo Administrador do Departamento Temporal nesta empresa e, como accionista de médio prazo, gostaria de lhe fazer chegar os objectivos para a nossa reunião de amanhã, no seguimento da experiência adquirida com o seu antecessor, cujos resultados ficaram muito aquém das expectativas.
É urgente baixar a despesa lacrimal e aumentar os proventos de felicidade. Atribuir subsídio de alimentação aos pobres e aflitos, bem como assegurar, na saúde e na doença, os cuidados a todos os empregados e desempregados nesta nova colaboração cronológica.
É necessário que seja criada uma Secção de Abraços e Diálogo, dependente do Departamento de Recursos Humanitários, cujo capital teve um  aproveitamento deficiente no ano que agora finda. Sugiro também que se equacione, sem demasiada logística, que sempre atrasa a tomada de decisões e a concretização das metas delineadas, a construção de um Gabinete de Maior Justiça, que poderá ficar sob a tutela do extinto Dar Mais Que Receber (DMQR), que pretendemos reabilitar, após as obras necessárias.
Por fim, e porque não pretendo alongar-me apelando ao óbvio, peço que sejam dadas instruções, no sentido de assegurar reuniões com a minha equipa, a título regular, com o intuito de relembrar tradições que tendem a desvanecer no departamento ocupado agora por V. Exa.

Antecipadamente grata pela atenção dispensada,

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Calling You

Tema que ganhou o Óscar de melhor canção original no filme de 1987 "Bagdad Cafe". Vale sobretudo pelo décor da sala, bem natalício e mágico e o coro MARAVILHOSO, composto por 500 cantores!
Um Natal abençoado para todos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Natal

UM NATAL FELIZ PARA TODOS, COM MUITA PAZ, CARINHO, CONFORTO, SAÚDE E ALEGRIA, 
JUNTO DE QUEM É IMPORTANTE PARA O VOSSO CORAÇÃO.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A rever vamos

Uma semana sem alimentar o blogue. Pelo meio, uma operação ao olho esquerdo, que me deixou de molho. Regressando pé ante pé ao trabalho de "revisão"...no sentido de "voltar a ver", sim, mas também da revisão...de texto, pois, com ou sem esforço, a favor ou contra as ordens do médico, não é possível parar de trabalhar. Nada de escritas, nada de literário, só repouso-trabalho-repouso e dor, e gotas, e dor e idas a Coimbra e... mais trabalho. A escrita é um luxo ao qual ainda não me posso dar. Chegará o dia? A rever vamos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Annie Proulx

Este romance, The Shipping News", vencedor do Booker Prize e do National Book Award, em 1993, é conhecido pela adaptação cinematográfica, feita pelo realizador Lasse Hallström, em 2001, com um elenco de luxo. Porém, a escrita de Annie Proulx, e a narrativa completa, muitas vezes comprometidas nestas adaptações, não dispensam o prazer da leitura. Annie Proulx ficou célebre pelo conto "The Brokeback Mountain", devido à adaptação ao cinema, em 2005. 
Ainda vou a menos de meio da leitura, e deitar-me no conforto dos cobertores, na companhia deste livro, tem sido um prazer. Especialmente com a música de Christopher Young
Há livros de inverno, tal como "As velas ardem até ao fim", de Sandór Marái. Para serem lidos calorosamente, em pleno frio. Este é um deles.
Edição: Cavalo de Ferro 

Sinopse oficial
“O livro narra a vida de Quoyle, um homem derrotado que, abandonado pela mulher, desprezado por família e amigos e despedido do seu emprego parte para a Terra Nova onde deverá trabalhar no seu novo emprego: o jornal The Shipping News. Com as suas filhas pequenas que não lhe reconhecem qualquer autoridade paterna chega a uma terra fria onde as emoções humanas se encontram sobre camadas de gelo mas são muito mais quentes para poderem sobreviver. A vida de Quoyle vai transformar-se e ele terá a oportunidade de reconstruir-se enquanto ser humano."


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Revisão de texto

A brincar a brincar já lá vão 6 anos que faço revisão literária a título profissional. Pelo meio das "amonas" e rasteiras que a vida nos vai pregando, este é um ofício que está a crescer bem. Comecei por rever textos a título pro bono, sem expectativas, apenas com a intenção de ajudar quem precisava, já que era algo que fazia com facilidade e tinha tempo livre. Depois atrevi-me a cobrar um preço simbólico já que, por princípio, defendo que o trabalho deve ser pago. Entretanto investi tempo no rigor: fui dando especial atenção ao método de trabalho, às ferramentas utilizadas, à modernização, ao conhecimento do Acordo Ortográfico...
Este ano comecei a ser contratada - não só por particulares - mas também por editores. Neste momento encontro-me a rever uma tese com cerca de 1 milhão e 52 mil caracteres, sendo que ainda faltam umas dezenas de páginas...!
Autores, estudantes e orientadores de teses têm apreciado imenso o meu trabalho, o que me deixa feliz. O comentário que todos partilham é que faço muito mais do que habitualmente é feito por muitos revisores. Não sei se é verdade, apenas conheço a minha forma de trabalhar: dar o meu melhor, ter brio em fazer o que me que é possível, isto deveria ser regra para tudo, certo?
De ano para ano, de livro para livro, de pesquisa em pesquisa, sinto que a aprendizagem é um processo constante e, espero eu, sem fim. Estou grata a cada desafio, que me traz conhecimento, rigor, maior aptidão. Pelas mãos vão-me passando romances, teses académicas, literatura de viagens, ficção científica.
Tenho a sorte de ter investido numa profissão que posso exercer a partir do meu escritório o que, por motivos de saúde, é ouro sobre azul.
Rouba muito tempo à escrita? Sem dúvida. Mas é preciso pagar as contas e já é uma sorte conseguirmos viver do que fazemos com gosto.
A divulgação feita de boca em boca tem muito que se lhe diga. Estou grata a todos os que vão recomendando o meu trabalho como revisora literária. Bem hajam, porque o trabalho faz muita falta e a vida não está fácil para quase ninguém.

Aqui estão alguns testemunhos

Dedico esta mensagem à Maria João, ela sabe porquê.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Dezembro

Chega Dezembro e o calendário, obediente, traz com ele o frio. As cidades iluminam-se, as montras há muito que se fazem sedutoras, fatais às nossas bolsas, competindo com as correntes de solidariedade que florescem em plena crise; correntes apelando à consciência, para que apoiemos os pequenos produtores, os negócios artesanais de família e dos amigos, que improvisam uns trocos a fim de pagarem as contas, enquanto o emprego não vem.
Inventamos uma expressão festiva, tentamos respirar, o ar entrando e saindo dos pulmões, a marcar o compasso, a lembrar-nos, é urgente construir qualquer coisa de duradouro e valioso, que sobressaia da abundância de tantos nadas em que andamos mergulhados. Não percas tempo, não te percas, segue o caminho.
Que faremos nós deste Dezembro que mais não é do que a vénia esforçada do ano velho e cansado, em despedida? Que sabedoria levaremos connosco, ao marcar encontro com o ano novo, já tão próximo de nós?