Hoje terminei a leitura das cerca de 500 páginas do livro "O Grande Bazar Ferroviário" de Paul Theroux.
Foi uma leitura feita ao ritmo lento de um velho comboio a vapor, cuja fornalha nem sempre era alimentada. Cheguei finalmente ao destino e foi uma boa viagem. Viajar com Paul Theroux é, acima de tudo, travar conhecimento com pessoas e as suas histórias, com estados de espírito, enquanto a paisagem muda na janela de um vagão. É sentir calor e frio, sorrir, aprender algo mais acerca da raça humana e da dimensão do tempo e do espaço.
O dia estava limpo, o sol punha-se no mar da Ericeira, na companhia das gaivotas que atravessavam o meu campo de visão em voos rasantes, enquanto eu me distraía do frio siberiano das últimas páginas: Paul contava que tinha ficado sem a pele dos dedos por se ter esquecido de calçar luvas antes de colocar a mão na maçaneta de passagem para o vagão-restaurante.
Desengane-se quem espera encontrar referências aos lugares da moda ou a descrição de monumentos e obras de arte, não. Viajar com o autor em questão é penetrar o conceito da viagem em si, com o que tem de enfado, desespero e imprevisível; viajar por viajar, e não com o mero objectivo da chegada. Uma viagem diferente, a deste livro que recomendo a todos os leitores que procuram sair do seu lugar para dentro de uma viagem franca, de pura confissão ao leitor, sem apelo turístico nem falso efeito poético. Um livro verdadeiro, decerto.
Foi uma leitura feita ao ritmo lento de um velho comboio a vapor, cuja fornalha nem sempre era alimentada. Cheguei finalmente ao destino e foi uma boa viagem. Viajar com Paul Theroux é, acima de tudo, travar conhecimento com pessoas e as suas histórias, com estados de espírito, enquanto a paisagem muda na janela de um vagão. É sentir calor e frio, sorrir, aprender algo mais acerca da raça humana e da dimensão do tempo e do espaço.
O dia estava limpo, o sol punha-se no mar da Ericeira, na companhia das gaivotas que atravessavam o meu campo de visão em voos rasantes, enquanto eu me distraía do frio siberiano das últimas páginas: Paul contava que tinha ficado sem a pele dos dedos por se ter esquecido de calçar luvas antes de colocar a mão na maçaneta de passagem para o vagão-restaurante.
Desengane-se quem espera encontrar referências aos lugares da moda ou a descrição de monumentos e obras de arte, não. Viajar com o autor em questão é penetrar o conceito da viagem em si, com o que tem de enfado, desespero e imprevisível; viajar por viajar, e não com o mero objectivo da chegada. Uma viagem diferente, a deste livro que recomendo a todos os leitores que procuram sair do seu lugar para dentro de uma viagem franca, de pura confissão ao leitor, sem apelo turístico nem falso efeito poético. Um livro verdadeiro, decerto.
Sem comentários:
Enviar um comentário