Vá, sejamos honestos. Amamos os livros, sim, devoramo-los, coleccionamo-los, fazemos listas de "a ler", namoramos mais não-sei-quantos, pedimos emprestados outros tantos, mas. Às vezes lemos livros intermináveis por simples teimosia. Para não desistir, já que chegámos até ali. Em leituras arrastadas de livros com 600, 800 páginas, que nos provocam níveis variados de entusiasmo: encontramos partes que nos conquistam, que nos dão a sensação gratificante de valer a pena, de serem justas as horas investidas; e eis que tropeçamos noutras, mais ingratas para nós, leais leitores, leais também para com um certo autor de quem já lemos diversos livros, que amámos sem esforço algum, e que assim, por simples teimosia e consciência, nos obrigam a chegar ao fim de um calhamaço que não nos apaixona, e cuja fama não conseguimos justificar, enquanto há muito deitamos uma olhadela a outros livros que aguardam a vez e cuja leitura apetece mais. É verdade ou não é? Vá, confessem...
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