Tirada por mim, perto de casa |
o telemóvel a tocar pela manhã, duas vezes. Duas boas notícias. Uma óptima, outra boa. E o dia logo a ganhar cor.
Depois as horas passando em beatitude, em normalidade, até que chega o momento de receber uma nova amiga pela primeira vez na nossa casa: tudo tem de estar bem, os cheiros, a luz, a música, o posto de rádio ao qual se retira a poeira, a lembrar que a música também é importante na nossa vida; ou deveria, não só os livros, as leituras, a escrita, a fotografia, o estudo do instrumento, mas a música, como companheira das horas mais leves, de ócio. A música pela música.
O tempo voa e é tão bom quando voa assim. Quando deixa a vontade de voos maiores, mais prolongados, mais longínquos, a explorar novos territórios.
Jantamos fora no consolo de sabermos que os meses seguintes serão um pouco mais leves, só um pouco mais leves. O dia fechando-se com dedicatórias em frontispícios, livros trocados, além dos abraços, da saudade que já sentimos por uma amizade fresca, cheia de raminhos verdes, a querer rebentar. aqui estaremos para novos encontros. E tão maior será o nosso jardim.
Pousar a cabeça na almofada pensando "que bom estarmos vivos", sentirmos o privilégio de sermos ainda donos das nossas horas, das nossas vontades. Nem sempre, mas às vezes.
Hoje foi, sem dúvida, um dia bom, aconchegado em esperança. E estamos tão precisados de esperança.
Dias assim fazem-nos sentir que tudo faz sentido. Obrigada, Vera
ResponderEliminarA gratidão é toda minha, Margarida.
EliminarQue bom quando há dias assim, Vera.
ResponderEliminarUm beijo.