© Nanã Sousa Dias |
ando em busca da vida
que perdi.
alguém viu passar os
dias
que escorreram de
mim?
se os virem, se pelo
caminho se cruzarem
com a vida que
maltratei,
peçam-lhe por mim
perdão,
que me deixe viver
aquilo que agora sei.
dizem-me os ventos
que anda perdida na
rua,
chorando, tremendo
nua.
algo disse que a
ofendeu,
gestos que dei, mas não
eram meus…
e a chuva anuncia, com mágoa no olhar:
– Vi a tua vida, há
tanto perdida,
doente, cansada
de ter solidão e
inverno no peito
E mais nada
deitou-se a seu jeito,
envelhecida
na estrada vazia
e morreu.
(Vera de Vilhena, inédito, 2015)
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