sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sempre

"Fornax" © Beth Moon
As árvores aguardam a morte como deuses anciãos, rendidos ao cansaço. A estação fria lambe o fim da tarde com o seu hálito de chuva miudinha, sob o manto estrelado cor de rato. O tempo escorre, gota a gota, enquanto o vento vai polvilhando a paisagem com os queixumes dos velhos ramos, que se julgam incapazes de abraçar uma nova estação. Mas sempre haverá uma nova estação.

Vera de Vilhena

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