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Por inverosímil que pareça, a vista do meu
quarto e do meu escritório, na estação das chuvas. |
Não é a primeira vez que ela escreve aquela palavra verde-esperança. Quando o mundo fala de refugiados, de greves e de eleições, ela só deseja conseguir fazer a sua parte. Está farta de ter desistido. Quer voltar a ser aquela que insiste e é capaz. O corpo parece-lhe hoje um pouco mais organizado, pode ser que consiga, sim, é melhor tentar. Tentar é pouco, é melhor conseguir, não pode dar-se ao luxo de menos. Arruma os seus ais num saco e vai relembrar a si mesma o que tem para fazer. Afinal, é por isso que anda assim, desistida, triste por andar fora de si. Melhor que aproveite, antes que o seu tempo acabe. O tempo não espera para sempre. Chega um dia em que é nunca mais e esse dia está cada vez mais perto. Por mais que ela diga a si mesma que o tempo não existe, ele segreda-lhe, como fantasma ao ouvido:
- Estou aqui.
E então ela escreve. Para que o tempo não faça queixa dela.
Tu emocionas-me!
ResponderEliminarBeijinhos
Susy
Tão bela a paisagem... Tens razão: "o tempo não espera sempre". É melhor que ela escreva...
ResponderEliminarUm beijo.