Devo ser a pior pessoa para falar dos meus livros. Fico sempre com a sensação de que estou a pedir desculpa por ter nascido, por ter escolhido escrever e publicar (quase que digo, não leiam, que não vale a pena, leiam outros) e estou para ali a mentir com a boca toda. Em especial, sinto que não mereço o interesse e o entusiasmo dos que me ouvem. Não sei vender o peixe, não sei. Apregoo com voz tímida e triste. O melhor é não me perguntarem nada!
Ah, não me interpretem mal, sou muito bem tratada, dão-me imenso mimo, chocolates e flores e trabalhos maravilhosos e eu dou também o que posso...mas aí é que está. O sentimento atraiçoa: acho que recebo muito mais do que aquilo que dou. Será justo? Pronto, já sei, Freud explica, isto ia lá com um psiquiatra ou terapias alternativas, mas o que é que hei-de fazer? É o que temos. E hoje temos isto, em estado de urso, até porque está uma ventania danada.
Ah, não me interpretem mal, sou muito bem tratada, dão-me imenso mimo, chocolates e flores e trabalhos maravilhosos e eu dou também o que posso...mas aí é que está. O sentimento atraiçoa: acho que recebo muito mais do que aquilo que dou. Será justo? Pronto, já sei, Freud explica, isto ia lá com um psiquiatra ou terapias alternativas, mas o que é que hei-de fazer? É o que temos. E hoje temos isto, em estado de urso, até porque está uma ventania danada.
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