domingo, 25 de outubro de 2015

Beatrix Potter

Há universos infantis maravilhosos. Um dos meus preferidos, no que diz respeito a ilustração, é o de Beatrix Potter. Apesar de ter visto as suas histórias e desenhos recusados pelas editoras sessenta e nove vezes (é verdade, só à septuagésima tentativa é que uma editora disse "sim"), teve sucesso imediato e tornou-se na autora de livros infantis mais vendida de sempre! (moral: se acreditam no vosso valor e no vosso sonho, não desistam). Depois de um enorme desgosto amoroso, com a morte do seu noivo e editor, em 1905, usando parte dos primeiros royalties que obteve com a venda dos seus livros, comprou a propriedade Hill Top, no Lake District. A vida campestre tinha muito mais a ver consigo do que a vida social, na cidade; por isso Beatrix tentou ultrapassar o seu desgosto e saiu, enfim, da casa de seus pais, apesar de ainda solteira, mudando-se definitivamente para Hill Top, na Escócia (e que pode ser visitada como casa-museu). Ao longo dos anos, foi comprando em leilão e mantendo as quintas adjacentes, para que estas fossem preservadas e cultivadas, ao invés de aparceladas e vendidas para construção.
No final da sua vida, Beatrix Potter deixou à National Trust 4 mil acres de terras e 15 propriedades, com paisagens e lagos belíssimos, e uma flora e fauna que fizeram parte de muitas das suas histórias.
Em 2006 a sua vida foi adaptada ao cinema, com o filme «O mundo encantado de Beatrix Potter» («Miss Potter»).
Esta grande mulher esteve-se nas tintas para as convenções da sua época e fez muito pela conservação da paisagem, da agricultura e dos trabalhadores que cultivavam as terras da região. Foi também cientista e dedicou-se, nomeadamente, ao estudo dos fungos (ex: cogumelos), se bem que seja célebre pelas suas ilustrações. Aqui ficam algumas que, na época, foram verdadeiramente revolucionárias. Animais da quinta com roupinhas :-) e desenhados com todo o rigor científico.









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