Escrever palha como fazíamos nos testes do liceu, julgando enganar os professores, é péssima ideia. As palavras, além de terem o seu próprio valor, são caríssimas. O papel ocupa espaço e a sua comercialização é dispendiosa. Hoje é urgente fazer muito com pouco, sim, até na literatura, poupar tempo a quem nos lê, aumentar a possibilidade de conseguir o interesse de uma editora e, depois, dos leitores. Pode acabar até por ter várias centenas de páginas, mas que seja um grande livro, não apenas um livro grande. Por tudo isto, convém pesar cada palavra que inclui, quanto mais não seja, a vantagem adicional de construir um texto melhor. No osso. Sem gorduras. José Cardoso Pires já dizia: "Depois da máquina de escrever, use a de apagar."
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