quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sardinhada

Quando recebemos os amigos em casa queremos que tudo saia perfeito, mas nunca sai. E no fim, ninguém se importa, pois estão todos demasiado ocupados a divertir-se. Então uma pessoa conclui que o importante é o correr das coisas: do vinho, da conversa, do riso. Silêncios, não houve. As conversas atropelaram-se, formaram-se grupos, homens para um lado, falando de aviões e de política, mulheres para o outro, a falar de cães, do que é ser-se boa pessoa, das coisas íntimas do mundo. Pelo meio, registei frases irresistiveis como estas:
Conselhos a um engripado:
- abafa-te, abifa-te e avinha-te.
O Plano Marshall e um raspanete a Portugal, por não ter participado na 2ª Guerra Mundial:
- Ai não quiseste levar com ameixas? Agora também não levas com as cerejas!
Obrigada ao Zé pelo espumante e pelo tinto, ao Zé Manel e à Bé pelo tinto e pelas flores (ADORO girassóis!), à Nanda e ao Tó pelas pataniscas de feijão verde, o semifrio e a ginginha caseira em garrafa personalizada, à Rita pela peça de artesanato que ela própria fez e a todos por terem vindo e contribuído para horas tão bem passadas.
No fim, restaram os copos vazios, as fotografias e a recordação do Zé que, depois de ter recuperado o Chico que se escapou pelo portão, surgiu com ele às costas, qual cabrito, ao virar da esquina. Essa foi uma fotografia que tenho pena de não ter tirado!

1 comentário:

  1. Lindinhos

    Também nós adorámos. E é muito bom para nós perceber que, mesmo sendo vocês bem mais novos, gostam de nos ouvir e estar connosco.
    Só tenho de fazer uma pequena emenda, é "Abafa-te" - "Abafa-te, abifa-te e avinha-te".
    Não sei qual a origem da frase, mas já os meus pais a diziam.
    E mais não digo, por agora...

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