quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Calhamaços

Hoje venho fazer a apologia dos calhamaços. Uma grande amiga devora-os com frequência e ao referir algumas obras de Alexandre Dumas, concluiu, e eu também, que são altamente recomendáveis nos tempos que correm.
É fundamental mergulharmos na ficção, quando a realidade é o que é. É preciso relembrar os heróis, os príncipes, os benfeitores, as fadas, os anjos, cavaleiros e feiticeiros. É urgente inspirarmo-nos em gestos heróicos e altruistas, nascidos da honra e dos bons princípios, se quisermos manter a nossa sanidade mental.
É que já não há heróis nem sherazades, e há muito que as princesas namoram artistas de circo e vestem calças de ganga; não há robin woods nem mosqueteiros, só piratas e vilões, e o mais próximo que temos de um Grilo Falante é o Medina Carreira... que, tal como o outro, chega a ser um bocado chato, de tanta razão que tem. E os soberanos, que vestem fatos Armani, há muito que taparam os ouvidos à consciência.
Leiam amigos, leiam - quanto maior for o calhamaço, melhor. Ao menos, enquanto enfiamos a cara num livro, não vemos a merda que nos rodeia.
Obrigada pelo mote, Patuska, salvaste-me o post de hoje.

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