terça-feira, 5 de julho de 2011

Confiança

Na escuridão, a mulher deu a mão à irmã e deixou-se conduzir.


Vá, confia em mim, tu és capaz!


À sua frente, um abismo que ela, na sua cegueira quase total,  não conseguia ver. Mas havia a confiança e por isso saltou. Enquanto caía, não pôde deixar de pensar que aquela era uma viagem maravilhosa, a mais bela que fizera. Só por existir o salto. Aquele saltar cegamente, de olhos abertos e inundados de coragem. E que o chão que a esperava só tinha a importância que ela lhe desse.
Imagem: NANÃ SOUSA DIAS. Roubei aqui

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