- Oi, meu. Tudo bem?
- Não te conheço. Como é que sabes o meu nome? Como é que te chamas?
- Calma, meu. Tu és o meu amigo. Certo? Tá-se bem.
- Chamas-te Calma? Ok, Calma. Sim, eu sou o Meu. Mas diz-me lá, porra, COMO É QUE TU SABIAS O MEU NOME? O nome é MEU!
- Ah, tá-se bem. O teu nome é Meu.
- O raio que é teu, Calma! O nome é meu! É MEU OUVISTE?
- A malta assim não se entende, meu. Deixa-me apresentar-me...
- Ai pois não nos entendemos, não! Mas então não te chamas Calma?
- Não, pá. Onde é que foste buscar essa ideia, meu?
- Quando eu te perguntei como é que te chamavas, respondeste-me "Calma, meu".
- Aaah, já percebi. Nessa altura ainda não sabia o teu nome. Estava só a dizer-te para teres calma, meu.
- Ah, também já percebi. E já vi que tens a mania de terminar as frases com o meu nome.
- Ya, meu. Tá-se bem.
Meu suspira e responde, algo envergonhado:
- E afinal como é que te chamas? És um substantivo, certo?
- Sou, mas não sou lá muito certo...!
Riem-se agora os dois. E o substantivo responde.
- Sou o Amenidade. Mas todos me tratam por Amen.
- Boa. Hey-man!
- Vês, Meu? Já estás mais na boa, assim tá melhor. E tens de aprender a ser menos possessivo, meu. Mudar essa tua natureza.
- Amen.
- Sim...?
- Sim o quê?
- Ias a dizer-me alguma coisa?
- Não, estava só a concordar contigo.
- Ah. Tá-se bem, meu.
- Tá-se.
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