Mostrar mensagens com a etiqueta adivinhas minhas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta adivinhas minhas. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Adivinha VII

Como há muito não vos massacro com adivinhas, aqui vai mais uma...

Eu morava numa casa
Com raízes e aves belas
Até que homens me cortaram
P’ra de mim fazer janelas

Guardo versos de poetas
E uma história de encantar
Fujo do fogo e da água
Mas gosto de viajar

Quando alguém brinca comigo
Posso ser um avião,
Uma bola ou um chapéu
Ou até um foguetão

Num escritório sou furada
E não me dou com o giz
Com bonecos de mil cores
Fico muito mais feliz

Vou ao vento, embalada,
Sem casa onde morar
Ou podem ter dó de mim
E vida nova me dar


(VERA DE VILHENA, "Quem Sou Eu?")

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Adivinha VI


Eu tenho cinco filhos
Mas não lhes dou de comer
Gosto de os ver brincar
Para não adormecer.

Ando sempre em apertos
Desde a mais tenra idade
Há apertos e apertos
E os meus são de amizade

Sou a mãe de muitos gestos
Em mil comunicações
Usam-me a torto e direito
Para mostrar emoções

Ferramenta dos artistas
E de mil trabalhadores
Cozinheiros, massagistas
E até senhores doutores


Manuseiam tantos livros
E ainda não adivinharam?
Já vos disse quem sou eu
Se calhar, não repararam!


(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")

quinta-feira, 26 de março de 2009

Adivinha V

Estamos sempre em todo o lado
Se a luz não nos faltar
Se a escuridão nos chega
Não há como nos achar

Em dias de aguaceiro
Causamos sensação
Misturadas, somos muitas
Mas separadas já não.

Somos três, somos sete
Damos alegria à vida
Se a menina nos confunde
Pode acabar mal vestida

Uma tem a cor de um fruto,
Outra a de uma flor
Com uma derradeira rima
Vão achar-nos, sim senhor.

(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")

quinta-feira, 12 de março de 2009

Adivinhas III e IV

ADIVINHA III

Tenho o nome de um bicho
Mas sei que bicho não sou
E um rabo bem comprido
Que um qualquer senhor me pôs

Eu não sou bailarina
Mas danço o dia inteiro
Tenho umbigo vermelho
E custo algum dinheiro

Passo o dia no tapete
Mas juro, não sou gato
Nem sequer cão sonolento
Nem vassoura, nem sapato

Se já sabem quem sou eu
Não digam a ninguém
Calados como o bicho

Que esta expressão contém.
(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")

ADIVINHA IV

Sou como um lampião
E cheia sem alimento
Tenho quarto, mas não durmo
Sou peça do firmamento

Já me pisaram o rosto
Vieram no Deus da Luz
Número onze, e Diana
Minha irmã, que vos seduz

Sempre que há casamento
O fel é meu inimigo
Há doçura na viagem
O que acontece, não digo

As marés deixam-se ir
Sob minha influência
Sou amada por poetas
Mas também pela ciência.

(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")

quarta-feira, 11 de março de 2009

Adivinhas I e II

ADIVINHA I

O meu corpo é moreno
Mas jamais encontra o sol
Estendo sobre meia terra
Um gigantesco lençol

As crianças, quando chego,
Fazem o seu ar tristonho
Está na hora de ir dormir
E aconchegar-lhes os sonhos

Nunca me sinto sozinha
Pois a companhia é rara
Infinitas são as estrelas
Que me salpicam a cara

Tão contrários são os dias
À minha própria existência
Sonham tantos junto a mim
A aliviar consciências.

(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")

ADIVINHA II

Tenho um cheiro adocicado
E nunca ando sozinho
Logo atrás de mim vem outro
Se for bom ainda é pouco

As avós gostam de mim
E os netos mais ainda
Com açúcar e farinha
Poucos ovos, margarina

Tenho um número no meu nome
E os aplausos pedem bis
Se ainda não adivinharam
É porque o destino não quis.

(VERA DE VILHENA, "Quem sou eu?")