Manhã de Domingo de Páscoa. O dia dedicado à família, aos doces e petiscos, às amêndoas e aos coelhinhos de chocolate. E eu fui acordar com uma gastroenterite. Veio mesmo a calhar, não? Atirei-lhe com dois kompensans, um ultra-levur e duas cápsulas de Imodium e lá fui eu, na camioneta das 13.30, para o Campo Grande. Há coisas que se fazem mesmo por amor. O casarão a encher-se de família, a mesa a encher-se de pratos e travessas: tartes doces e salgadas, pãezinhos com salmão, fiambre fumado, queijo fresco, salpicão; bules de chá earl grey, sumos de frutas, bolo de canela, pão de nozes, salame de chocolate, amêndoas de açúcar, amêndoas, de chocolate, amêndoas com canela...e eu virada do avesso, a conversar com os intestinos, com o esófago, com os órgãos internos todos. A noite foi linda, à conversa com tudo o que me ia dentro, que de poético tinha pouco.
Hoje, que me encontro recuperada, penso naquela mesa, que desprezei, como o esquilo da "Idade do Gelo", perdido de amores pelas suas queridas bolotas: ali, ao alcance da ponta dos dedos e...escapou-se para sempre. Tudo por causa de uma maldita ostra. Ou de um ovo cozido. Ou de um camarão. Mas eu aposto que foi a ostra. E agora é que eu juro que nunca mais irei comer ostras na vida.
Querido amigo e vizinho Zé, realço que não tens culpa nenhuma disto, que a culpa é da outra, digo, da ostra :-)
Tens mesmo o dom da escrita, pois até coisas sem graça, como uma gastroentrite se tornam engraçadas contadas por ti!
ResponderEliminarOlha...não é a mesma coisa, mas combinem em breve "outra Páscoa", que é como quem diz outro reencontro assim recheadinho de coisas boas...jinhos e ainda bem que a ostra já lá vai:)
Querida Isabel, prometo que irei seguir o teu conselho assim que puder! :-) Obrigada, e Um grande beijinho doce.
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