sábado, 8 de janeiro de 2011

Escrever com a Patrícia

Cheguei ao Atelier 004 dez minutos atrasada. Com estudos feitos na Escola Alemã, (que é conhecida pelo seu alto grau de exigência e rigor), a Patrícia fugiu à postura "portuga" e lia já um excerto do livro "A Fé de um Escritor", de Joyce Carol Oates. Sobre a mesa, pastas com folhas A4, canetas e lápis, água, cafezinho e bolos! O riso foi uma constante, os textos foram nascendo, com emoção à mistura. Ela a insistir: não vou ensinar-vos a escrever. Mas pôs todos a escrever e é isso que importa. Disseram-se coisas como: Somos pessoas diferentes todos os dias, Estás proibida de deitar fora o que escreves; Para a próxima sessão, trago Vodka preto!
Espreitámos a vida uns dos outros, para nos conhecermos, através das perguntas que a Patrícia ia fazendo a cada um de nós.
Serão quatro sessões apenas. Uma oficina de escrita criativa que poderá estender-se a mais sessões, tudo depende de nós e do ritmo das palavras.
Foi uma forma excelente de passar esta manhã de sábado. Regressei com um exemplar do último número da "Egoísta", dedicado à fotografia (desta vez só imagem, sem texto) e quando cheguei a casa já tinha pedidos de amizade no facebook da parte de alguns dos meus colegas de curso. O trabalho de casa ficará para amanhã. Ficou a vontade de que a semana tivesse mais sábados, para estar lá outra vez em breve, muito breve.
Obrigada, Patrícia, por me levares sempre mais longe.

6 comentários:

  1. sempre às ordens, senhora!

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  2. Dez minutos atrasada??? Sinceramente.........

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  3. Gostei muito do teu texto Vera, a oficina de escrita da Patricia vai mudar-nos e sinto já vontade de não os perder de vista nunca mais...

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  4. É realmente raro, invulgar, que a coisa aconteça como aconteceu, numa 1ª sessão, entre pessoas que, de um modo geral, não se conheciam. A Patrícia foi "a principal culpada"...e ainda bem. E a escrita também é isso: terapia, exposição. Não me vou esquecer daquela imagem: a chuva a cair com força sobre a clarabóia, e as metáforas da Rute a aquecerem-nos o coração. Obrigada, Ana, Beijinhos solarengos! :)

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  5. Caramba, que inveja (sem pecado)que eu sinto de vocês todos e que pena que eu sinto, que os nossos colegas de escrita da Ericeira se tivessem eclipsado.
    Paciência, a vida é isso mesmo, fazer e refazer ainda que sozinhos.

    Força Vera, vou aproveitando estes bocadinhos. Pobre é mesmo assim, só tem direito às migalhas.

    Um abraço
    Mário de Sousa

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  6. Querido Mário,

    Só posso acrescentar que hoje, que já passaram 4 sessões sobre o dia em que escrevi este post, posso contar-lhe que gostámos tanto da experiência, que não resistimos a aceitar a oferta generosíssima da Patrícia e vamos proosseguir com os nossos encontros. A partir de agora serão mais espaçados, pois também o tipo de trabalho será vocacionado para projectos literários individuais, ao invés de exercícios de escrita expontânea. No entanto, sei que o espírito que ali se vive irá manter-se, e que, se eu tornar a organizar um curso de Escrita Criativa, nunca poderá ser igual ao molde que o Mário conheceu. Afinal, transformammo-nos a cada dia e há experiências que deixam boas marcas em nós, para sempre. Talvez seja complicado organizar, na zona de Mafra e Ericeira, estes cursos a nível privado: garanto-lhe que me chegaria à frente, alegre e contente, se contasse com um punhado de interessados. As câmaras não têm verbas para a cultura e as propostas que fiz não se confirmaram. Quem sabe? Pode ser que eu consiga juntar um grupo de resistentes e partir para um curso surpresa, de carácter mais livre e num ambiente bem diferente, mais intimista. Entre 6 e 8 pessoas seria o ideal. Nunca se sabe...Quando é que está por cá novamente?

    Um grande abraço,

    Vera de Vilhena

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