Cheguei ao Atelier 004 dez minutos atrasada. Com estudos feitos na Escola Alemã, (que é conhecida pelo seu alto grau de exigência e rigor), a Patrícia fugiu à postura "portuga" e lia já um excerto do livro "A Fé de um Escritor", de Joyce Carol Oates. Sobre a mesa, pastas com folhas A4, canetas e lápis, água, cafezinho e bolos! O riso foi uma constante, os textos foram nascendo, com emoção à mistura. Ela a insistir: não vou ensinar-vos a escrever. Mas pôs todos a escrever e é isso que importa. Disseram-se coisas como: Somos pessoas diferentes todos os dias, Estás proibida de deitar fora o que escreves; Para a próxima sessão, trago Vodka preto!
Espreitámos a vida uns dos outros, para nos conhecermos, através das perguntas que a Patrícia ia fazendo a cada um de nós.
Serão quatro sessões apenas. Uma oficina de escrita criativa que poderá estender-se a mais sessões, tudo depende de nós e do ritmo das palavras.
Foi uma forma excelente de passar esta manhã de sábado. Regressei com um exemplar do último número da "Egoísta", dedicado à fotografia (desta vez só imagem, sem texto) e quando cheguei a casa já tinha pedidos de amizade no facebook da parte de alguns dos meus colegas de curso. O trabalho de casa ficará para amanhã. Ficou a vontade de que a semana tivesse mais sábados, para estar lá outra vez em breve, muito breve.
Obrigada, Patrícia, por me levares sempre mais longe.
sempre às ordens, senhora!
ResponderEliminarDez minutos atrasada??? Sinceramente.........
ResponderEliminarGostei muito do teu texto Vera, a oficina de escrita da Patricia vai mudar-nos e sinto já vontade de não os perder de vista nunca mais...
ResponderEliminarÉ realmente raro, invulgar, que a coisa aconteça como aconteceu, numa 1ª sessão, entre pessoas que, de um modo geral, não se conheciam. A Patrícia foi "a principal culpada"...e ainda bem. E a escrita também é isso: terapia, exposição. Não me vou esquecer daquela imagem: a chuva a cair com força sobre a clarabóia, e as metáforas da Rute a aquecerem-nos o coração. Obrigada, Ana, Beijinhos solarengos! :)
ResponderEliminarCaramba, que inveja (sem pecado)que eu sinto de vocês todos e que pena que eu sinto, que os nossos colegas de escrita da Ericeira se tivessem eclipsado.
ResponderEliminarPaciência, a vida é isso mesmo, fazer e refazer ainda que sozinhos.
Força Vera, vou aproveitando estes bocadinhos. Pobre é mesmo assim, só tem direito às migalhas.
Um abraço
Mário de Sousa
Querido Mário,
ResponderEliminarSó posso acrescentar que hoje, que já passaram 4 sessões sobre o dia em que escrevi este post, posso contar-lhe que gostámos tanto da experiência, que não resistimos a aceitar a oferta generosíssima da Patrícia e vamos proosseguir com os nossos encontros. A partir de agora serão mais espaçados, pois também o tipo de trabalho será vocacionado para projectos literários individuais, ao invés de exercícios de escrita expontânea. No entanto, sei que o espírito que ali se vive irá manter-se, e que, se eu tornar a organizar um curso de Escrita Criativa, nunca poderá ser igual ao molde que o Mário conheceu. Afinal, transformammo-nos a cada dia e há experiências que deixam boas marcas em nós, para sempre. Talvez seja complicado organizar, na zona de Mafra e Ericeira, estes cursos a nível privado: garanto-lhe que me chegaria à frente, alegre e contente, se contasse com um punhado de interessados. As câmaras não têm verbas para a cultura e as propostas que fiz não se confirmaram. Quem sabe? Pode ser que eu consiga juntar um grupo de resistentes e partir para um curso surpresa, de carácter mais livre e num ambiente bem diferente, mais intimista. Entre 6 e 8 pessoas seria o ideal. Nunca se sabe...Quando é que está por cá novamente?
Um grande abraço,
Vera de Vilhena