A sabedoria anda por aí, espalhada pelos filmes, nas páginas dos livros, na boca das pessoas, empurrada pelo vento. E nós, na distracção dos dias, percorrendo as ruas e chutando pedras no caminho, vamos por vezes tão alienados que somos incapazes de ver o que nos vibra nos olhos e ouvidos, o que se encontra debaixo dos nossos pés. A sabedoria banalizou-se, na respiração acelerada em que vivemos. Na abundância oferecida às golfadas, como água em bocas secas. Na ânsia de devorar o tempo. E no meio desse redemoinho é difícil ouvir o coração bater e renovar o sangue viciado. Quem me dera que o mundo metesse travões a fundo, para podermos apear-nos e ir a pé. Talvez desse modo fosse possível reparar no caminho que percorremos e, quiçá, mudarmos de rumo.
Sim,
ResponderEliminarmudarmos de rumo e darmos mais valor ao companheirismo,aos pequenos gestos,aos mimos do cotidiano...
Deixarmos a criança que habita em nós, florescer.
Um grande beijinho,
Ana Simões