quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A fronteira da preocupação

A preocupação, sem pensamento, é algo de estéril. Um problema ou tem solução, ou não tem. Se tiver uma ou mais soluções, é melhor que pensemos e analisemos o caso, até as encontrarmos; se não tem, não há nada a fazer. Então, para quê a ansiedade? Pensamos que é um estado racional, mas no fundo não passa de uma fraqueza emocional, como o ciúme, o medo, a preguiça, a insegurança, a inveja, enfim, tudo o que nos torna humanos e imperfeitos, tudo o que nos distingue uns dos outros, o que nos mostra a massa de que somos feitos. Ironicamente, as emoções que o justificam são precisamente essas e esse estado, o da preocupação, não passa de uma fronteira para a surpresa do alívio, ou a constatação de uma má notícia. Devemos, portanto, tornar essa fronteira o mais ténue possível e deixar de fazer o culto da ansiedade. Don't worry, be happy... but be careful and aware.

2 comentários:

  1. Boa Noite.

    Vejo que agora a filosofia esta bem presa aos teus pensamentos. Na verdade passei aqui para te convidar a ouvir Fado Tropical, basta ir ao meu espaço e clicar.

    Beijo

    Renata

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  2. Querida Renata, muito obrigada pela lembrança! Já sabe que o Chico é sempre uma companhia grata para mim. Ele compôs, na época que antecedeu a revolução de 74, vários temas alusivos à ditatura e à Censura. Este foi um deles... na altura eu era uma criança, e nem me apercebia das alusões políticas das suas letras. Só uns bons anos mais tarde é que fiz a ligação. Beijos, e bom fim de semana.
    Vera

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