Se eu voltasse a ser uma criança, havia de querer fazer uma série de perguntas que na altura não me ocorreram. Agora que sou crescida, até parece mal, mas mal que pergunte...
Se eu te tratar por tu consigo dizer contigo, mas se o tratasse por você tinha de conseguir dizer consigo?
Porque é que os segundos do relógio não se chamam terceiros? Em primeiro lugar, vêm as horas; em segundo, os minutos; em terceiro, os segundos, ou não é? Então, pronto, chamavam horas às horas, primeiros aos minutos e aí, sim, fazia sentido chamar segundos aos segundos…digo eu.
Porque é que as prisões não se chamam “detergente”, se detêm gente? E o detergente propriamente dito, não devia chamar-se deternódoas ou detersujo? São coisas que não consigo perceber.
Não gosto de caçadores, mas gostava que os homens caçassem a dor. isso é que era, não era?
Já uma vez falei das ameias e dos merlões chanfrados - que parecem doidos, mas não são - e continuo sem perceber: porque é que as ameias se chamam assim? Eram partilhadas pelos seteiros? Dois em cada buraco, a meias? E já agora, porque é que as meias dão a entender que se ficam por metades, se são uma peça inteira? Há meias desirmanadas…podemos dizer então que são quartas? Se eu dissesse “perdi uma quarta”, todos entenderiam, certo? É tudo uma questão de lógica, acho eu. Mas se alguém me perguntar se eu gostei das meias que me ofereceu, posso sempre responder: “amei-as!”
E o verbo "demonstrar" é tirar o monstro?
Pronto, isto era o que eu perguntava se fosse criança, mas agora sou crescida, já não dá.
(pesquise em "Filosofices" I, II, III, IV e V para mais)
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