Em busca
Um
dia luminoso dá-me todas as respostas
Que encontro melhor sem os velhos atalhos,
Escondidas nas pedras, no
caminho mais longo,
Na
humidade das sombras, na esquina das ervas
Um
dia de luz cega-me incertezas
Que eu semeio em reticências, em noites de lua
Nos
bosques, nos becos, nas ondas, nas ruas
Fraca poesia existe no sol
Que
no seu amparo nos deixa macios
Esvaídos de incógnita, vazios de porquês
Como
bebés felizes, animais com o cio
No
ócio do sol não me interrogo
Sou corpo, sem pensamento nem jogo
E
o corpo não sofre, sem fingimento
Detém a candura de um simples momento
É na chuva, na noite, na névoa,
no breu
Que tudo se aclara questionando
o céu
Vã e vil conquista no que é
fácil
Sem a revolta, em aceitação
Nunca um sim, a felicidade
Só a recusa, sem paz nem idade
Só a espessura
De um imenso não
(VERA DE VILHENA, 12
Março de 2012, poema inédito)
Um Poema perfeito, maravilhoso. Há muito que não lia um poema assim. Beijos e parabéns
ResponderEliminarMuito muito obrigada, Ana! Vindas de ti, estas palavras são enormes! :-) beijos
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