Palavras para quê? Cá em casa é isto. Os pés arrastam-se, a garganta anda seca, o serra da estrela deita-se aos cantos, como uma osga, à procura dos lugares mais frescos e já largou metade do pelo. A Bolota toma banho nos bebedouros e arfa ininterruptamente, a tentar refrescar o sangue. As portadas são mantidas fechadas durante o dia, as janelas escancaradas à noite, para que a casa possa ter alívio. Indiferentes ao calor e ao nosso desespero, as melgas fazem um festim. Ligam-se as ventoinhas para que seja possível dormir. Estar. Engomar? Só com a ventoinha ligada...e. É preciso reunir coragem para ir lavar os terraços. Mais logo, quando o inferno lá de fora acalmar o seu hálito demoníaco.
Ao jantar de ontem valeu-nos um trabalho fotográfico do meu marido, cujo modelo bebemos em tragos abençoados, bem gelado, a acompanhar a salada de atum. É bom ter amigos enólogos. E dos bons. Os seus vinhos não param de ganhar medalhas de ouro e prata.
como te entendo,. minha amiga :)...
ResponderEliminarno meu caso sou um privilegiada, porque tenho uma casa "vintage", como eu brinco em dizer, mas que, e por isso, tem um pé direito alto, um construção à moda antiga, de parede robustas, a que aliei os modernismos vitais, nomeadamente o ar condicionado...
e mesmo assim, pareço uma barata tonta quando saio aos terraços, a regar, a cuidar dos animais e das plantas...
engomar? lol... esquece... só em caso de necessidade absoluta...
beijinho meu e uma semana o melhor possível
Mel
Querida Mel, um dia ainda hão-de inventar um campo invisível de ar condicionado, uma espécie de redoma que nos envolva dos pés até onde o braço esticado alcança, e que acompanhe os nossos movimentos! Isso é que era... :) beijinhos frescos!
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