sábado, 25 de janeiro de 2014

Pirosices

De vez em quando dão-me ataques de pirosice. Fico cheia de vontade de alimentar a alma com imagens multicolores, mensagens filosóficas que, de tão partilhadas pelas redes sociais, há muito se banalizaram continuando, porém, a dizer-nos alguma coisa, na tentativa de salvar a inocência que existe (ainda) em nós, sobrevivente sofrível do ceptismo e do azedume. Olhamos para uma coisa assim e, mesmo que não queiramos admitir, o nosso corpo segrega uma dose mínima de serotonina, por tudo o que sugere.
Ponho um "gosto" em páginas hippies recheadas de quinquilharia indiana, mulheres semi-nuas, arvoredo e floridos geométricos de mil tonalidades e texturas, especiarias, borboletas, velinhas, águas mansas e muita paz interior. Ah, a espiritualidade! Nada mais pirosamente explorado. Nada mais essencial para conseguirmos cuidar do que temos e resistir ao resto. Nada de jeito, hoje. Só isto. Só esta ode à pirosice. Desculpem.

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