Em 2006 estreei-me como autora na revista Egoísta, com um pequeno conto. No mesmo ano publiquei esta novela, numa tiragem de 250 exemplares. Nesse tempo não usávamos facebook, nem vivíamos ainda na vertigem da promoção desenfreada; por isso, depois do lançamento, onde vendi uma boa quantidade de "Pisas" a familiares e amigos, guardei os restantes numa gaveta e não pensei muito mais nisso. Como disse na altura uma grande amiga, serviu para "brincar aos escritores". Fui oferecendo, em aniversários e outras ocasiões que pediam algo de especial, e vendendo um ou outro livro quando calhava. A gaveta foi ficando mais vazia, mas sempre sem ansiedades.
Em 2008, 2009 veio o uso generalizado do facebook e, de um dia para o outro, a forma de divulgamos o que temos para vender sofreu uma transformação radical. No ano passado criei o site Gavetas e Gavetinhas, pois a escrita de ficção e o trabalho como letrista, revisora de texto e coordenadora de oficinas de escrita criativa já o justificava. Quando olhei, restava-me apenas meia dúzia de exemplares d'O Pisa-papéis, que nem tinha chegado a mostrar-se nas livrarias, à excepção de uma tímida presença na Bulhosa do Oeiras-parque, que me pagou 60% do preço de capa, negócio limpo (10 livros, que demoraram quase 2 anos a sair da prateleira...mas todos arranjaram dono, o que foi espantoso).
Hoje enviei pelo correio o último. O último exemplar do primeiro livro. Disse-lhe adeus, com algum carinho e nostalgia, pois aquele era um velho companheiro: duvido que vá fazer novas edições, há outros livros para escrever e para publicar. Acho que este último "Pisa-papéis" ficou bem entregue.
Deixo aqui um beijinho ao Daniel Gouveia, que tratou da revisão e edição, levando-me à gráfica e fazendo a reportagem (perdi as fotografias, senão teria incluído aqui algumas), à Rita Ferro, que tão generosamente escreveu o prefácio para o livrito de uma autora estreante e, claro, para o Nanã, pela fotografia belíssima que roubei para a capa, e a quem dediquei este livro. Bem hajam, sim?
Adeus, Pisa-papéis! Saíste de casa da mãe para ires viver sozinho. Não te censuro, aqui já não aprendias nada.
Em 2008, 2009 veio o uso generalizado do facebook e, de um dia para o outro, a forma de divulgamos o que temos para vender sofreu uma transformação radical. No ano passado criei o site Gavetas e Gavetinhas, pois a escrita de ficção e o trabalho como letrista, revisora de texto e coordenadora de oficinas de escrita criativa já o justificava. Quando olhei, restava-me apenas meia dúzia de exemplares d'O Pisa-papéis, que nem tinha chegado a mostrar-se nas livrarias, à excepção de uma tímida presença na Bulhosa do Oeiras-parque, que me pagou 60% do preço de capa, negócio limpo (10 livros, que demoraram quase 2 anos a sair da prateleira...mas todos arranjaram dono, o que foi espantoso).
Hoje enviei pelo correio o último. O último exemplar do primeiro livro. Disse-lhe adeus, com algum carinho e nostalgia, pois aquele era um velho companheiro: duvido que vá fazer novas edições, há outros livros para escrever e para publicar. Acho que este último "Pisa-papéis" ficou bem entregue.
Deixo aqui um beijinho ao Daniel Gouveia, que tratou da revisão e edição, levando-me à gráfica e fazendo a reportagem (perdi as fotografias, senão teria incluído aqui algumas), à Rita Ferro, que tão generosamente escreveu o prefácio para o livrito de uma autora estreante e, claro, para o Nanã, pela fotografia belíssima que roubei para a capa, e a quem dediquei este livro. Bem hajam, sim?
Adeus, Pisa-papéis! Saíste de casa da mãe para ires viver sozinho. Não te censuro, aqui já não aprendias nada.
Uma gota num futuro oceano! Mas não há amor como o primeiro (dizem... :) )
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