Hoje é o dia em que perdemos Saramago. Completam-se quatro anos sobre o dia em que eu, pouco depois de saber da morte do nosso querido autor, fui dar uma sessão de Escrita Criativa, na biblioteca da Ericeira, aos meus alunos adultos, escritores amadores. Pus de parte o que tinha preparado e dedicámos-lhe um bom tempo da sessão. É para mim fácil de lembrar: 2009, e o dia dos anos da minha querida irmã Sofia.
Hoje:
Nada fiz de jeito, exceptuando ter lavado a loiça, alimentado os cães e recebido de braços abertos uma notícia extraordinária.
Um sonho que estava muito distante e que, num gesto, ficou mais próximo. Passou de sonho a projecto. E alguém acertado irá realizá-lo. A vida pode trazer-nos surpresas extraordinárias, que se erguem do quase nada, do vento, da espera. De repente, uma brisa, uma ventania trocam o lugar às coisas, o que estava distante fica mais perto e tudo parece possível. Provavelmente é mais um sonho. Mas enquanto nele estou afundada sou sílfide, leve, leve, pousando no néctar das mais doces ilusões. E não quero acordar. Não quero.
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Saramago não morreu. Temos os livros que ele nos deixou e que lemos com tanta emoção e espanto.
ResponderEliminarQue tudo corra bem.
Beijo.