segunda-feira, 9 de junho de 2014

Por estes dias

Os santos populares e outras festas e feiras, a Feira do Livro de Lisboa, livros, livros e livros, autores, autores e autores, sessões de autógrafos e lançamentos, promoção, promoção, promoção, todos tentando conquistar algumas horas, minutos que sejam de atenção aos leitores, ao público, concorrendo com farturas, bifanas, cachorros, gelados, pão com chouriço, outras editoras e outros livros, choques de calendário e de horário, em que acontecem outras sessões de autógrafos e outros lançamentos de outros tantos livros noutros lugares. E é sabido que não podemos estar em dois ao mesmo tempo e que o recheio das carteiras é cada vez mais magro...gente que vai, que come e bebe, que olha apaticamente para os livros, sem os ver, comprando pouco, sem se deter a procurar aqueles livros de fundo de catálogo que estão a cinquenta cêntimos, 1, 2, 3, 4, 5 euros. As filas (ou bichas, como quiserem) generosas e absurdas para os autógrafos e livros da moda, de autores de qualidade e autenticidade duvidosas; menos gente do que seria justo para as dedicatórias de outros Escritores com "E" maiúsculo. Sim, há excepções, benditas excepções. Momentos felizes. Alegres encontros e reencontros. Autores respeitados e acarinhados. Gente entusiasmada, carregando mochilas pesadas, mostrando as suas compras no facebook. Mas a impressão que me fica é a de um tremendo e triste desperdício. Não é. NÃO É desperdício. Não deveria ser. Vale sempre a pena.
Apesar de tudo.

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