Passei toda manhã mia coutando contos e agora estou assim, lhe fazendo homenagem, em surripiante estilo com meus desacostumados hábitos. Acho que vou passar o resto do dia brincando de Mia, sozinha pela casa. Mas miando baixinho, que as copiações de escrita são vergonhas que nem é bom contar. Finjo que mio e vou-me miando que nem criança. Ser crescido: é ter este lado de ficar acriançando a velha existência, na teimosia de se não querer anciar. Anseios? Tenho muitos. Mas receio por meus desreceios. Já dizia minha avó Falávia Palavrosa, que subiu aos céus como quem vai-ali e já-volta:
- Faz amigação com o tempo, Verdadinha. Não é bom tê-lo como desamigo.
Já tratei de comer o barulho das asas dos pássaros, não vá a distância do tempo apequenar-se e embocadinhar-me os passos. Já escutei o azul-azulado do céu, para não cair no centro da terra antes da hora chegada. Já toquei no cinzento horizonte de hoje: amanhã já está em minha mão, quando o mundo se mexer.
(nascido hoje, agorinha mesmo, na inspiração trazida pela leitura dos contos "Estórias Abensonhadas")
NOTA - para os meus alunos verem que não é preciso deitar as mãos aos céus em desespero, quando eu lhes pedir, depois da aula dedicada ao ESTILO, que escrevam em casa um texto "à Mia". Hehehe...
Isto promete! Obrigada, Vera
ResponderEliminarMuito legal(giro).
ResponderEliminarDivertido, gostoso de ler, leve como pena que flutua e nos faz querer voar...
Beijo que bom ter te encontrado.
Renata devendo a foto das calopsitas.
pois, estou à espera das calopsitas! Obrigada, Querida Renata, mas o mérito é do Mia, eu limitei-me a copiar o estilo que nasceu dentro dele!
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