segunda-feira, 12 de março de 2012

CONFESSO



Em mim
Se acreditar em mim, sonho
Se sonho, levito
Se pouso os meus pés, luto
Mas não venço.
De luto, perco a fé em mim
A arquitectura dos meus projectos.

Sem alicerces que me segurem
Vou flutuando, perdendo-me de mim
E de tanto perder, resguardo-me em quimeras
Acreditando, sem fé,
Sonhando, sem noite.
E tenha ou não no peito a confiança
Só a dança do sonho existe em mim.

(VERA DE VILHENA, inédito)

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