terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Um dia sem luz


Sem electricidade ficamos estupidamente paralisados.
Pequeno-almoço:
Sem microondas (para aquecer chá, café, leite, descongelar pão)
Sem fogão eléctrico
Sem torradeira
Sem máquina de sumos
Tomando o pequeno-almoço:
Sem Meo box
Sem aparelhagem de som
Sem Televisão

Higiene:
Sem água quente (tenho caldeira eléctrica)
Sem toalheiro eléctrico
Sem secador

Cuidados com a casa:
Sem frigorífico
Sem arca
Sem aspirador
Sem ferro de engomar

Aquecimento: zero. Isto, numa zona rural do oeste, junto ao vale, não sei se estão a ver

Trabalho: (em casa, no meu caso presente)
Sem computador
Sem impressora
Sem iluminação
Sem forma de carregar telemóvel

Conclusão:
Pequeno almoço - pão torrado a cheirar a peixe (porque usei, numa tentativa falhada para fazer torradas, uma grelha cuja última utilização já era antiga) aquecido no camping-gaz: à medida que a grelha aquecia, a cozinha foi sendo invadida pelo cheiro do peixe grelhado. Os cães agradeceram o pão fumado, já se sabe, e eu corri a fome a bolachas.
Inutilizada, li Saramago junto à janela, tapada com mantas até a luz natural sumir; conversei no telefone fixo com amigas; acendi velas, velas e....velas.
Valham-nos os amigos: convite para jantar, regresso à 1h30 da manhã, direitinha à cama.
Hoje, no dia seguinte, a bendita luz natural estava de volta...e a eléctrica também. Alívio.

1 comentário:

  1. … como nos tornamos sujeitas destas coisas, Santo Deus. fico igualzinha quando tudo falha ao meu redor. como se a nossa vida dependesse (apenas) destes confortos e não houvesse em nós a forma primitiva do ser. e um dia descobrimos que nos basta tão pouco para existir …

    beijinho amiga
    Mel

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