Aventura do dia, no Smart cabriolet:
Estava eu alegre e contente a ver-me livre de um monte de lixo no ecoponto, quando, ao tentar abrir a porta do carro, vi que ele tinha trancado o fecho central. Pensei: nice: estou de chinelos, banho por tomar, sem telemóvel e estou aqui, no meio da estrada (numa terrinha que quase não vem no mapa, onde escolhi morar, porque sou maluca). Eu tinha deixado a janela entreaberta do lado do pendura (felizmente!) Tive de me enfiar pela janela adentro e lá consegui alcançar o botãozinho e descer o resto do vidro para chegar à chave (que nestes casos fica presa na ignição). Bem que tentei girá-la e tirá-la...nada. Bloqueado é bloqueado. Estiquei-me o mais que pude, os pés já fora do chão, e acabei por conseguir fazer contacto directo com uma ponta da chave de casa na chave presa, para desbloquear. Ah, tudo isto, de pernas para o ar, metida pela janela do Smart, já se sabe. Os homens das obras, da casa ao lado, em frente ao pinhal, assistiam placidamente aos meus esforços, decerto apreciando a traseira - a minha, é evidente, até porque o carro não tem rabo, como toda a gente sabe - devem ter pensado que eu estava a assaltar o carro ou que tinha enlouquecido. Uma loura de pernas para o ar, um clássico.
É nestas alturas que penso que a tecnologia e electrónica são muito giras, e tal....quando não se viram contra nós. Só posso concluir que o meu carro não gosta de esperar; não acha qualquer piada em ficar ali, à seca, a ver-me enfiar garrafões de água vazios, embalagens, papéis, garrafas de vinho, frascos de café, sacas vazias da ração dos cães...nos vários depósitos: fartou-se, amuou. É preciso cuidado com estes carrinhos temperamentais.
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