sexta-feira, 5 de abril de 2013

Nanã Sousa Dias

A casa cheia de amigos, familiares e estranhos, que os vieram ouvir. Foi muito bom. O ambiente também. Antes de começarem a tocar, fez-se um silêncio tal que alguém comentou: "Eh pá, parece uma casa de fados!". E assim é que é bonito. Houve riso, boa disposição, sim, mas na balada "In a Sentimental Mood" não se ouvia uma única voz senão a do tenor, com o seu timbre macio e uma expressão de ternura. No tema "Cameleon" alguém disse, Olha, eu tenho este sampler! Era um DJ que falava, daqueles que tem profissão certa e que ao fim de semana costuma "tocar" :)
Gostei de ver o  meu filho chegar com amigos, de comboio. Arranjei-lhes mesa mesmo junto ao quarteto, com lugares VIP. Neste clube não se posicionam as cadeiras de costas para o palco: a música é o que mais importa, e desse modo desencoraja-se a conversa. Não é, decerto, pelo cachet que aqui vêm ganhar que os músicos aceitam o convite, mas que se sentem bem aqui, sem dúvida. O piano de cauda ajuda...o clube ainda anda a pagá-lo. É um espírito especial que se sente ali. Sobretudo com a presença do António e do Manel, empregados muito pouco convencionais. A agenda está preenchida até Junho e há nove bandas à espera. Há fenómenos assim.

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