Hoje encontrei-me com o sol. Estendemo-nos os dois, eu sobre a toalha cor-de-rosa, ele sobre mim. Ao longo de várias horas, foi-me escrevendo na pele, narrando-se em ondas de calor. Eu escutei-o, tentando não perder aquelas palavras feitas de luz. Virei as minhas páginas, para me tornar num livro dourado. O corpo pediu uma pausa e eu acedi, cerrando os olhos da pele. A água fria meteu-se no meio, a apaziguar-nos os excessos, devolvendo-me ao corpo a temperatura. Os cabelos aclararam, a pele amorenou-se, como se o sol desejasse transformar-me num negativo de mim própria, invertendo-me as cores. O encontro terminou quando ele, esgotado, se foi retirando de mim, para esconder os raios mornos entre a folhagem dos pinheiros. Disse-lhe adeus, com um lamento. Marcámos novo encontro para amanhã. Será que ele vai comparecer?
Acredito que sim. Se ele for capaz de ler, então SEGURAMENTE!
ResponderEliminarRealmente é muito bom, eu tenho corrido dele aqui no nordeste do Brasil ele é escaldante, e a poética acabaria em churrasco, que horror, para sentir o sol sem medo só bem cedo, mas hoje irei a orla de Olinda voltar minhas caminhadas, moro perto da praia, e com o inverno chuvoso corremos para aproveitar a trégua que São Pedro nos dá. E que o sol volte para te visitar todos os dias e aquecer teu corpo e tua alma. Sem contar que nos sentimos mais mulher, mui caliente.
ResponderEliminarAté mais e beijos.